Artigo já terminou no dia 08/10/2018
Eco-Visionários: Arte e Arquitetura após o Antropoceno
Información
Eco-Visionários: Arte, Arquitetura após o Antropoceno mostra as visões críticas e criativas de mais de 35 artistas, arquitetos e designers face às transformações ambientais que afetam o planeta.
Os
acontecimentos meteorológicos extremos que todos temos vindo a assistir, o
aquecimento global, as crises ambientais provocadas pelo esgotamento de
recursos, o uso exagerado dos combustíveis fósseis, o consumo excessivo e de
massas, entre outros, são fenómenos que pertencem a uma nova era à qual
começamos a chamar Antropoceno, a designação recente de um novo período
geológico definido pelo impacto das ações humanas.
A exposição está dividida em quatro secções: Desastre, Coexistência, Extinção e Adaptação. A secção Desastre traça um retrato dramático da situação atual do planeta e apela a uma consciência ecológica urgente, consequência do inconsciente ecológico (intimamente ligado à evolução tecnológica) que é visível a todos. Coexistência mostra as consequências globais, e alguns exemplos de ‘causas-efeito’ em diferentes localizações geográficas. Os artistas e arquitetos contemporâneos desta secção sensibilizam para um novo olhar sobre o planeta, como uma rede relacional de solidariedade de diferentes locais e espécies a nível global, que respeitará a coexistência geográfica e a estética da natureza e o seu equilíbrio.
Na mais polémica das secções, Extinção,expõem-se as consequências dramáticas do aquecimento global nos ecossistemas, sugerindo que algumas espécies vão ser extintas, tal e qual como aconteceu há 65 mil milhões de anos com a extinção dos dinossauros e outras espécies. Assistiríamos então à 6ª extinção. A possibilidade do próprio ser humano não estar biologicamente preparado para a subida das temperaturas e para o crescente aquecimento global seria uma das premissas para a sua extinção no planeta Terra. Que novas espécies assumem então o protagonismo do Planeta?
Adaptação, a última secção da exposição, traz uma mensagem de esperança. Um sentimento de que o ser humano, a par de tanta destruição, também ele será capaz de reverter a situação e encontrar novas formas de vivência, novas estruturas sociais que respeitem a dependência entre humanos, não humanos e o próprio planeta.
Com contributos de mais de 35 artistas e arquitetos, a exposição em Lisboa é a primeira e mais abrangente das quatro mostras que surgirão em paralelo em Portugal, Espanha, Suíça e Suécia, naquela que é a primeira colaboração do MAAT com vários museus europeus.
Artistas participantes:
Territorial Agency, Design Crew for Architecture, Malka Architecture, Daniel Arsham, Ana Vaz & Tristan Bera, BIG, Carolina Cayedo, Parsons & Charlesworth, Ant Farm, Unknown Fields Division, Buckminster Fuller, Design Earth (Rania Ghosn & El Hadi Jazairy), Genomic Gastronomy, John Gerrard, Alexandra Daisy Ginsberg, Tue Greenfort, The Center for Genomic Gastronomy, Nelly Ben Hayoun, HeHe, Femke Herregraven, Kiluanji Kia Henda, Andrés Jaque, Wanuri Kahiu, Kristof Kintera, The Living, Basim Magdy, Pedro Neves Marques, MVRDV, Eva Papamargariti, Ornaghi & Prestinari, Rimini Protokoll, Dunne & Raby, Diller Scofidio + Renfro, Wasted Rita, Jeremy Shaw, Miguel Soares, Superuse , SKREI, Superflex, The Harrison Studio, Philippe Rahm Superuse, Ursula Biemann + Paulo Tavares, Pinar Yoldas, Zak Ové.
Curadoria de
Pedro Gadanho e Mariana Pestana
De 11 de abril a 8 de outubro
Galeria Principal e Vídeo Room
Entrada livre - 1º domingos de cada mês