Tecnologia é fundamental para apoio à decisão e para criar comunidades resilientes contra incêndios

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A Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, realçou a importância das redes sociais como ferramenta essencial para a construção de um sistema de proteção civil mais robusto e mais resiliente. 

Na sessão de encerramento da conferência "Bravos Heróis – Para uma floresta sustentável. O papel do digital", promovida pelo Global Media Group e transmitida online pelo Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, a Secretária de Estado lembrou que, nos últimos 20 anos, todo o paradigma de defesa da floresta contra incêndios mudou e que as novas ferramentas digitais são hoje instrumentos que, se bem usados, podem contribuir para melhorar todo o sistema.

 A intervenção da Proteção Civil nestes novos tempos, sublinhou Patrícia Gaspar, tem de abranger as várias dimensões: a prevenção, a sensibilização, a informação ao público, mas também a resposta e a preparação das comunidades. 

 «Onde acaba a prevenção e onde começa o combate são linhas muito ténues. O que é informação, o que são mensagens de autoproteção? Tudo se mistura e as linhas nem sempre são fáceis de desenhar. O cidadão comum, nesta matéria em concreto, tem um papel absolutamente fundamental a desempenhar. E sem essa dimensão, nunca iremos conseguir alcançar os objetivos que estão desenhados para a próxima década e para os próximos 20 anos», disse Patrícia Gaspar, sublinhando que é necessário redimensionar os serviços de Proteção Civil, os serviços de proteção da natureza e todas as forças que, direta ou indiretamente, partilham responsabilidades nesta matéria.

«Isto é algo que não se consegue fazer com a rapidez que todos nós gostaríamos. Mas este é, para mim, um dos grandes desafios: conseguir transformar o nosso serviço público para estar à altura deste desafio, ter técnicos, ter pessoas que possam explorar e trabalhar esta dimensão, que possam usar toda a informação que está disponível para que se possa criar um nível mais elevado de conhecimento e de partilha», afirmou.

Patrícia Gaspar realçou ainda que o salto tecnológico das últimas décadas tem sido um decisivo contributo no apoio à decisão operacional. «Nos grandes incêndios de 2003, o Comando Nacional de Operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil - na altura o Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil -, recebia, de duas em duas horas, informação, em Excel, que nos chegava por fax, dos 18 Comandos Distritais», recordou a Secretária de Estado.

«O que temos hoje são ecrãs, informação digital e ao minuto. E se essa informação deixa de estar disponível ao minuto, cria-se o pânico. Demos um salto geracional enorme num espaço de tempo muito curto, o que vai exigir um grande desafio de adaptação da nossa parte, uma capacidade contínua de ir trabalhando estas questões, conscientes da dimensão menos simpática destas ferramentas - e tentando desconstruir o que temos de menos bom», concluiu.

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publicado 26/11/2020

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