Artigo já terminou no dia 06/02/2022
Fantasma da Ópera
Information
O encenador Bruno Bravo desvia para a cena O Fantasma da Ópera, romance gótico de Gaston Leroux publicado pela primeira vez sob a forma de folhetim entre 1909 e 1910. A apropriação teatral de literatura não dramática é uma prática recorrente no percurso dos Primeiros Sintomas, de que são exemplo Frankenstein (2002), de Mary Shelley, ou Pinocchio (2016), de Carlo Collodi. Mas a ambição deste gesto é aqui amplificada. Bruno Bravo reconduz à casa do teatro contributos de várias disciplinas performativas, ensaiando um encontro entre a música ao vivo e o movimento, entre as canções e a máquina assombrosa de um palco, com o seu cortejo de atores e personagens. Um diálogo indisciplinado que faz eco do espírito da Ópera de Paris, o locus horrendus de O Fantasma da Ópera, espaço de apresentação de espetáculos de teatro, dança e música. Nos seus bastidores, nas escadas e nos camarins, na teia e nos camarotes circula um fantasma que desassossega tudo e todos com mortes, acidentes, sortilégios. Erik é o seu nome de guerra, um desfigurado fantasma de carne e osso que se apaixona pela voz de uma jovem cantora, Christine Daaé, protagonistas de uma das mais trágicas histórias de amor de todos os tempos.
FICHA ARTÍSTICA
de Gaston Leroux adaptação e encenação Bruno Bravo
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