Artigo já terminou no dia 08/09/2024
María de Buenos Aires
Information
María de Buenos Aires é um espetáculo teatral/musical — o primeiro no género de ópera-tango de Astor Piazzolla — com libreto de Horacio Ferrer, poeta uruguaio-argentino que escreveu também poemas para vários tangos de Piazzolla.
O enredo de María de Buenos Aires, complexo e com laivos surrealistas, desenvolve-se ao longo de 17 quadros, alternando entre secções cantadas, recitadas ou exclusivamente instrumentais, onde acompanhamos a vida, morte, ressurreição e maternidade de María. A protagonista deambula entre personagens típicos e cenas do quotidiano da capital argentina, cruzando-se com um poeta narrador que é também um duende, várias marionetas sob seu controle, e um circo de sicanalistas.
María e a sua sombra são a representação de Buenos Aires, associadas ao tango, à vida das ruas e da noite. Mas a personagem encerra em si múltiplas leituras e surge frequentemente associada tanto à Virgem Maria e a Jesus Cristo, como à condição feminina.
A obra estreou na Sala Planeta em Buenos Aires a 8 de maio de 1968. O próprio compositor classificou-a de “Operita”, que poderemos considerar “de Câmara”, e é apresentada com um efetivo de onze instrumentistas, dois cantores solistas (uma soprano e um barítono), um recitante e um grupo coral de pequeno formato (com 4 a 6 elementos) também recitante.
Ficha artística
Ana Ester Neves, soprano solista
Christian Luján, barítono solista
Guido Lisioli, recitante solista
Ana Beatriz Manzanilla, primeiro violino
Franscisca Fins Zlotnikov, segundo violino
Pedro Muñoz, viola
Carolina Matos, violoncelo
Marine Triolet, contrabaixo
Katherine Rawdon, flauta
Elizabeth Davis, percussão
Alexandre Frazão, bateria
Mário Delgado, guitarra
Martín Sued, bandoneón
Janice Iandritsky, Bárbara Faustino e
Zé Bernardino, dança e coro recitante
Eduardo Stupia, audiovisual
Duilio Fonda, ilustração
Daniel Schvetz, piano e direção musical
6 de setembro · 21h00
8 de setembro · 17h00
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