Valença tem novo Plano de Desenvolvimentos Social
Information
A Câmara de Valença, com os contributos dos diversos parceiros sociais, procedeu à atualização do Diagnóstico Social de Valença.
Este documento constitui um instrumento da maior importância, permitindo um conhecimento alargado do território e a identificação das maiores fragilidades no âmbito da intervenção social.
Reflete o resultado das reais necessidades do Concelho de Valença e, a partir deste diagnóstico resultou o PDS (Plano de Desenvolvimento Social) que delineou um conjunto de intervenções na área social, em cinco áreas consideradas prioritárias: Pessoas idosas; habitação, saúde mental, ação social, família e comunidade.
Pessoas Idosas:
Realizar o mapeamento de situações de isolamento social de pessoas idosas;
Elaboração de um plano municipal para a área do envelhecimento;
Reforço da capacidade dos equipamentos, respostas sociais da rede solidária e ajudas técnicas, bem como adequação do seu horário de funcionamento e serviços face às necessidades identificadas;
Promoção de estratégias no âmbito das políticas do envelhecimento ativo;
Desenvolver rede de cuidadores formais e informais;
Sensibilização e formação de cuidadores formais e informais;
Dinamizar a rede de teleassistência de cuidado diário com a população isoladamente; e,
Melhorar a rede de transportes públicos, ao nível dos percursos, horários e acessibilidades para pessoas com incapacidades.
Habitação:
Levantamento e caracterização dos edifícios disponíveis;
Programa municipal de apoio ao arrendamento;
Programa municipal de apoio à reabilitação urbana;
Revisão da política de habitação social do concelho;
Reabilitação dos edifícios públicos para situações de emergência; e,
Criação de uma estrutura de acolhimento de emergência para dar resposta às emergências pontuais.
Saúde Mental:
Aumento das respostas a nível territorial, descentralizadas e de fácil acesso às populações com vista ao tratamento;
Abertura formal de unidades e equipas prestadoras de cuidados continuados integrados de saúde mental para a população adulta, infância e juventude;
Fomentar equipamentos com respostas para a população com doença mental (ocupação diária, residencial, apoio domiciliário, etc);
Capacitação de cuidadores formais e informais;
Constituição de redes de apoio a cuidadores informais;
Promover uma ação concertada no âmbito da intervenção na saúde mental, em articulação com saúde, autarquia, instituições do concelho, que atuem ao nível da prevenção, monotorização e acompanhamento;
Promoção de programas de prevenção e promoção da saúde;
Formalização de parcerias entre entidades no concelho para constituição de uma resposta adequada às necessidades da população com perturbação mental e comportamental; e,
Promover a articulação entre entidades com intervenção no território que possas realizar o acompanhamento a consultas/outras diligências na área da saúde.
Ação Social, Família e Comunidade:
Promoção de uma intervenção integrada, multidisciplinar que potencie as competências das famílias e que previna/contribua para mitigar os fatores de risco em situações de negligência parental;
Programas de desenvolvimento de competências parentais/formação parental a famílias sinalizadas pelas entidades de 1ª linha;
Programas de prevenção e formação em saúde em meio escolar;
Ações de formação no âmbito da gestão familiar, doméstica e salubridade habitacional;
Criação de equipas multidisciplinares que realizem um acompanhamento de proximidade às famílias sinalizadas;
Melhorar/reforçar os canais de comunicação entre as diferentes organizações que intervêm com as famílias;
Diagnóstico sobre motivos para a participação insuficiente dos Encarregados de Educação na vida escolar; e,
Sensibilização das entidades patronais para a importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos.
O atual quadro pandémico e os constrangimentos que dele resultam, realçam a importância do Diagnóstico e do Plano de Desenvolvimento Social. O seu contributo visa minimizar as fragilidades identificadas no tecido social do nosso Concelho.
Numa época em que os serviços da Administração Local estão a ser solicitados a assumir outras competências, é importante que tenham ferramentas que reforcem a sua capacidade de atuação, podendo privilegiar um desenvolvimento mais harmonioso, solidário e inclusivo.