Mosteiro de Santa Maria do Bouro
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O mosteiro de Santa Maria do Bouro foi edificado no lugar outrora habitado por eremitas, e cuja região foi doada por D. Afonso Henriques em 1148, aos monges benedictos, mais tarde monges de Cister.
Este monges actuaram na defesa da fronteira da Portela do Homem, durante a crise iniciada em 1383, com a morte do rei Fernando. Por não ter herdeiros masculinos, sua filha D. Beatriz, casada com o rei de Castela, reclamou o trono português, mas isso significava a perda da independência.
Face à possibilidade de subirem ao trono, o filho do Rei Pedro I e Inês de Castro, a viver em Castela, ou João, Grão-Mestre de Aviz, filho de D. Pedro I e da aia de Inês de Castro, Teresa Lourenço, optou-se pelo segundo, mas originou uma guerra com Castela.
A intervenção dos monges, travando o avanço das tropas castelhanas, granjeou-lhes o apoio real, o que levou à prosperidade do mosteiro.
Esta prosperidade foi-se esbatendo ao longo dos anos e no século XVI, apresentava um estado ruinoso, levando, através da Congregação Autónoma Portuguesa, à realização de obras de recuperação que incluiu novas decorações em talha e azulejos.
Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o mosteiro foi abandonado e mais tarde vendido em hasta pública, mas em 1986 parte do mosteiro foi adquirida pela Câmara Municipal de Amares. Está classificado como Imóvel de Interesse Público e actualmente funciona nele uma pousada com 32 quartos, restaurante, bar e esplanada e piscinas para adultos e crianças.