Artigo já terminou no dia 10/07/2022
Festival de Música dos Capuchos 2022
Información
O Festival de Música dos Capuchos 2022 realiza-se de 16 de junho a 10 de julho, com muita inspiração e entusiasmados pela construção de mais um elo nesta corrente infinita e bela que é a Arte: ex nihilo nihil fit, nada surge do nada…
E, assim, começamos – e encerramos – o Festival de 2022 com uma das mais míticas e icónicas composições da música ocidental: as Variações Goldberg, de Johann Sebastian Bach.
Obra de absoluta beleza e complexidade, que alguém descreveu como “um cubo de Rubik de invenção e de arquitectura”, as Variações Goldberg são interpretadas ao longo do Festival em três momentos e em três versões – cravo, piano e trio de cordas –, que tomam a forma de Prelúdio, Interlúdio e Poslúdio do Festival. Música circular, sem início nem fim… as Variações Goldberg são uma manifestação artística suprema de continuidade, de eternidade, de universalidade.
A programação de 2022 do Festival dos Capuchos é especialmente preenchida por vários concertos monográficos, que nos permitem viajar por diversas facetas criativas e (re)descobrir obras de Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven, Franz Schubert e Fernando Lopes-Graça.
Como preâmbulo das jornadas musicais do Festival dos Capuchos, e para associarmos a evocação da palavra escrita à força expressiva da música, o ciclo de Conversas dos Capuchos é, em 2022, dedicado a três importantes efemérides literárias deste ano: os 450 anos da publicação de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, cuja Conversa é seguida por um concerto dedicado ao que seria a “sonovisão” de Camões, da sua época, dos lugares por onde passou e dos ambientes que frequentou; e os centenários do nascimento de Agustina Bessa-Luís e da morte de Marcel Proust, cujo concerto que se segue à Conversa delineia um percurso panorâmico pela música de câmara francesa “acompanhada” pelo grande melómano que foi Proust.
Vários agrupamentos e músicos de primeira linha internacional estão presentes na edição de 2022 do Festival de Música dos Capuchos. Entre eles, realçam-se a Orquestra de Câmara de Viena, considerada uma das principais orquestras de câmara mundiais, e músicos consagrados desde há décadas, como é o caso do cravista Pierre Hantaï, do violetista Gérard Caussé, que regressa aos Capuchos mais de 30 anos depois, do pianista Konstantin Lifschitz ou do bandoneonista argentino radicado em Nova Iorque Héctor Del Curto, entre outros.
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