Sines 4.0 com Mega-Investimento Tecnológico
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O primeiro-ministro António Costa esteve hoje no Centro de Artes de Sines para encerrar a sessão de apresentação do projeto Sines 4.0©, um investimento de até 3,5 mil milhões de euros com que investidores euro-americanos pretendem colocar Portugal no mapa dos megacentros de dados internacionais.
Na sessão foi assinado o contrato de direito de superfície para reserva dos terrenos da zona industrial de Sines, entre a aicep Global Parques e os promotores da start campus, empresa detida pelos norte-americanos da Davidson Kempner Capital Management LP (Davidson Kempner) e pelos britânicos da Pioneer Point Partners.
A concretizar-se de acordo com as intenções dos promotores, este será um dos maiores investimentos privados realizados em Portugal nas últimas décadas, podendo criar cerca de mil postos de trabalho diretos altamente qualificados até 2025.
Segundo informações da start campus, a construção deverá começar no próximo ano e espera-se que 900 pessoas estejam envolvidas na primeira fase. A inauguração do primeiro edifício está prevista para o final de 2023. Durante a construção, a força de trabalho poderá chegar a 2700 pessoas.
Na comunicação distribuída pelo promotor, o Sines 4.0© é apresentado como "um dos maiores campus de centros de dados da Europa", procurando responder à "crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia fornecedoras de serviços de streaming, social media, eCommerce, gaming, educação online, videoconferência, cloud computing e outros [tipos] de processamento e armazenagem de dados e de aplicações empresariais".
Está prevista a construção de cinco edifícios com capacidade de fornecimento de 450 MW de energia aos servidores. A localização do Sines 4.0© são terrenos contíguos à Central Termoelétrica da EDP, beneficiando das vantagens dessa localização, como sistemas de refrigeração com água do mar, acesso à rede elétrica de alta tensão e conectividade através da ligação de cabos de fibra ótica internacionais, entre eles, o cabo da EllaLink (Europa - América do Sul), ancorado recentemente em Sines.
Outras vantagens de Sines para tornar este projeto competitivo são "o fácil acesso a energia verde competitiva, incluindo solar, eólica e (no futuro) de hidrogénio", a disponibilidade e área para crescer e uma topografia marinha muito favorável à amarração de novos cabos submarinos.
É objetivo da empresa que o projeto tenha uma pegada de carbono líquida zero.
Desde março de 2021, o Sines 4.0© detém a classificação de Potencial Interesse Nacional (PIN), beneficiando das vantagens que esse estatuto garante na aceleração do projeto.