Artigo já terminou no dia 10/01/2025
10 Jan 2025

Dullmea

Espaço Zabra, Lisboa - Lisboa
R. Alexandre Braga 15B, 1150-142 LisboaEspaço Zabra, Lisboa

Informação

Dullmea atua no dia 10 de janeiro no espaço ZABRA, em Lisboa. A artista vai apresentar uma seleção de repertório entre os álbuns “Hemisphaeria” e “Ephemeroptera”. Dullmea convida-nos a mergulhar neste seu universo único em que voz e eletrónica se fundem num instrumento uno para nos fazer descobrir novas e desafiantes paisagens sonoras. Excluindo completamente o uso de música pré-gravada a artista interpreta uma seleção de peças do seu repertório com momentos que ora trazem luz à singularidade da voz solo, ora se transformam por artes mágicas em colossais catedrais sónicas.

Dullmea (Sofia Fernandes) formou-se em música na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Em 2016, lançou o álbum de estreia Keter, calorosamente recebido pela crítica. Desde então, tem desenvolvido o seu universo através de um dispositivo eletrónico personalizado que usa como extensão da voz, incorporando todos estes elementos como um único instrumento, improvisando sem recorrer a música pré-gravada. 

Lançou Hemisphaeria, [d?l’mj?]?, Orduak, Lloc Comú e N?e'e?se? trabalhos editados, apresentados e promovidos com o apoio Fundação GDA, DGArtes – Direção-Geral das Artes, Arte Institute, Antena2, República Portuguesa – Ministério da Cultura. Entre outros, Dullmea apresentou-se ao vivo em Nijmegen, Eindhoven (NL); Viena (AT), Turim (IT), Lisbon, Porto (PT), Vigo, Barcelona – LEM Festival (ES); São Paulo – MAC (BR); Berlin (DE); Copenhagen (DK); Milton Keynes – exposição “Obedience and Defiance” de Paula Rego (Reino Unido).


Não dizemos: água e pedras. Dizemos: rio. Sabemos que é um ecossistema interdependente e simbiótico, cujos elementos se aprendem e adaptam entre si continuamente, desde sempre. Tocamos a lisura de um seixo e sabemos que esse alisar levou tempo. Da mesma forma, não dizemos: voz e electrónica. Dizemos: Dullmea. Não apenas a voz, mas tudo o que habita a respiração, inundam o labirinto electrónico e geram um organismo uno, indivisível – é o rio. Depois chegam os cardumes de direções imprevisíveis, melodias de prata que serpenteiam hipnotizantes; nas margens, propagam-se lentas e densas as texturas minimalistas; de repente, um golpe na membrana anfíbia do microfone, rompendo a horizontalidade sónica; mais à frente, um pulsar assertivo de nascente. Dullmea tomou o tempo para gerar um ecossistema onde os elementos interagem e os limites entre voz e electrónica se esfumam, como que embebidos de uma natureza ilusionista.

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publicado 11/12/2024

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