Artigo já terminou no dia 13/10/2023
La Sylphide
Informação
A Companhia Nacional de Bailado apresenta “La Sylphide”, de August Bournonville, considerado o primeiro bailado romântico da história da dança. O espetáculo terá orquestra a interpretar a música ao vivo.
Muito embora alguns dos seus componentes, como a utilização de pontas, de saias compridas de musselina branca e o recurso a personagens que evocam seres sobrenaturais não fossem uma novidade então, é com "La Sylphide" que estes elementos ganham uma maior dimensão e se tornam sinónimo de bailado romântico. Estreado a 12 de março de 1832 na Academia Real de Música em Paris, com coreografia de Filippo Taglioni e música de Jean Schneitzhoeffer, ganhou uma enorme popularidade junto do público.
Em 1836, August Bournonvile cria a sua versão coreográfica com uma nova partitura de Herman Löwenskjold para o Ballet Real da Dinamarca. Esta versão, que entrou no repertório da CNB em 1980, tornou-se também uma referência do trabalho deste mestre dinamarquês, continuando hoje em dia a ser dançada por todo o mundo.
"La Sylphide" relata a história do escocês James que, na manhã do seu casamento com Effie, sua noiva, é acordado por uma Sylphide, um ser alado por quem se sente imediatamente atraído. Não conseguindo deixar de pensar em Sylphide, corre para a floresta para a tentar encontrar e arranjar uma forma desta se tornar humana para que possam viver felizes para sempre. Mas o desenlace da história de James e Sylphide revela-se trágico. Ao envolvê-la numa écharpe com a intenção de a trazer para a esfera humana, esta morre.
A história expressa os conflitos e inquietações existentes no período Romântico. As emoções eram mais intensas e, simultaneamente, havia um forte anseio por um mundo mais puro e genuíno. Quando as ideias entravam em conflito com o mundo sensível, a existência perdia a sua harmonia.
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