Fortaleza de Sagres

Sagres - Vila do Bispo

Informação

A Fortaleza de Sagres foi mandada erigir pelo Infante D. Henrique, respondendo à necessidade de se providenciar algum apoio aos navegantes que dobravam o cabo e permaneciam abrigados nas baías e enseadas de Sagres, até que as condições de navegação fossem favoráveis. A crescente importância da região enquanto ponto de passagem estratégico para embarcações comerciais que faziam a ligação entre o Mediterrâneo e o Atlântico Norte, para além da sua proximidade com o Norte de África e das vantagens que daí poderia resultar para o projecto expansionista português nessa região, também pesaram na decisão.

Desde a sua construção até aos dias de hoje, foram feitas diversas alterações à traça original da fortificação durante esse período, nomeadamente no reinado de D. João IV, em que a nova fortificação passou a apresentar as características e a configuração de uma moderna fortaleza abaluartada, e na segunda metade do século XVIII.
Só nos finais do século XVIII, em 1793/94, é que a Fortaleza de Sagres se encontra concluída, desta feita num novo traçado e configuração. A Fortaleza de Sagres passa a ser o centro coordenador de uma linha defensiva, a qual se estende pelo extremo oeste do litoral algarvio. Neste sentido, mais do que uma Fortaleza, estamos perante uma Praça de Guerra, da qual dependem directamente os fortes da Baleeira, Beliche, São Vicente, Carrapateira e Arrifana.

Na Fortaleza de Sagres, além da fruição do património natural e de um espectacular panorama sobre a enseada da Mareta e o Cabo de São Vicente, podem ainda visitar-se os vestígios da Vila do Infante anteriores às muralhas setecentistas, designadamente a torre-cisterna, uma muralha corta-ventos (coroada de falsas ameias) chamada “rosa-dos-ventos”, os restos das antigas habitações e quartéis e a antiga paroquial de Nossa Senhora da Graça, que exibe um conjunto de lápides sepulcrais.
Nos anos 90, a intervenção arquitectónica para valorização do lugar, da autoria do arquitecto portuense João Carreira, incluiu a edificação de “obra nova” e, se bem que não isenta de polémica, transformou a parcela construída em centro útil de todo o promontório, ao criar um Exposições Temporárias e Centro Multimédia (reutilização dos antigos edifícios da chamada “correnteza”), um conjunto de lojas para divulgação de produtos culturais e uma cafetaria, possibilitando introduzir ordenamento e manutenção em todo o conjunto histórico.

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