Monte
Informação
Sobranceiro aos núcleos centrais do Funchal, a cerca de 550 metros acima do nível do mar, com uma vegetação luxuriante, que o apelida muitas vezes de “Sintra Madeirense”, o Monte é, desde cedo, um local nobre, que albergava ricas Quintas, muitas delas pertença da rica classe Britânica que aqui se instalou, e começou também por oferecer os primeiros grandes hotéis de qualidade da região.
Desenvolvido à volta da ermida de Nossa Senhora do Monte, que lhe deu o nome, o Monte cresceu sobretudo após a instalação do caminho de ferro provido de um elevador, hoje em dia renascido com a construção do Teleférico.
Terra de grande beleza e nobreza, o Monte tem muito para oferecer, desde caminhadas revigorantes, a acessos às famosas levadas que revelam o verdadeiro âmago da Ilha, o Monte é dono de um património invejável. A Igreja de Nossa Senhora do Monte ergue-se no topo da escadaria, imponente e orgulhosa, a par das muitas capelas e ermidas, como a de Nossa Senhora da Conceição, de Nossa Senhora da Paz ou do Ar, de Nossa Senhora do Desterro, dos Santos Reis, do Menino ou a Igreja de Nossa Senhora do Livramento.
Vale a pena apreciar de perto a luxuriante natureza do Monte, quer no Parque Municipal (ou Parque Leite Monteiro), nos fantásticos Jardins Tropicais, outrora parte integrante do Monte Palace Hotel, ou mesmo na Quinta Jardins do Imperador, onde morou o Imperados Carlos da Áustria.
A não perder são as festas de Nossa Senhora do Monte, anualmente a 15 Agosto, quando os “arrependidos” sobem os 74 degraus da imponente escadaria de joelhos, e toda a freguesia se enfeita para o grande arraial e celebrações religiosas.
Outra das grandes atracções do Monte são os “carros de cestos”, também conhecidos por “tabogãs”, datados já de 1850, quando eram considerados um rápido meio de transporte entre o Monte e o Funchal. Os cestos são manobrados por dois homens, apelidados de “carreiros”, que os fazem deslizar, com o auxílio de cordas para as manobras, pela muito inclinada calçada do antigo caminho que ligava o Monte ao centro do Funchal, utilizando as próprias botas como travões, numa viagem de cerca de 2km.