Artigo já terminou no dia 26/06/2022
Exposição “Beber da Água do Lilau”
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Retrospectiva de Nuno Barreto no Museu do Oriente
O Museu do Oriente apresenta a exposição “Beber da Água do Lilau”, a partir de 11 de março, uma retrospetiva da obra de Nuno Barreto, numa viagem pela sua produção artística que culmina no prestígio atingido no período oriental, em Macau.
O espólio do artista inclui acrílicos, guaches, serigrafias, cadernos de desenhos, esboços, apontamentos, revistas, livros, catálogos e fotografias. A vasta obra é elucidativa das vivências e transformação pessoal de Nuno Barreto, desde a pintura abstrata à pintura figurativa, à medida que foi entendendo o seu propósito de captar o espírito de um lugar e das gentes que povoam a cidade de Macau.
O percurso expositivo está organizado por ordem cronológica, de 1963 a 2009, convidando o visitante a compreender e a sentir o artista numa vertente mais intimista. A vida e a obra antes da ida para Macau e a influência expressiva que este território teve na sua produção artística, culminando na popular frase: “aquele que beber da água do Lilau, jamais esquecerá Macau”.
O objetivo é mostrar a unidade e o equilíbrio que existe nos dois modos de pintura de Nuno Barreto, o abstrato e o figurativo, o antes e o depois. Se, nas suas obras iniciais é possível identificar uma forte componente abstrata, em Macau, o artista deixa-se embeber pela vertente figurativa passando a representar pessoas, lugares e vivências deste território. As obras selecionadas procuram captar a trajetória de Nuno Barreto, aliando as suas várias facetas enquanto pintor, artista plástico, pedagogo e intelectual, numa fantástica unidade aliada à sua unicidade.
Nuno Barreto fez a sua formação académica na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1966, de onde seguiu para uma Pós-Graduação na prestigiada Saint Martin’s School of Art, em Londres. Foi professor auxiliar na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e, posteriormente, convidado pelo Governo de Macau a preparar o projecto da Academia de Artes Visuais do Instituto Cultural de Macau, que dirigiu desde a sua fundação em 1988, sendo posteriormente director da Escola de Artes Visuais do Instituto Politécnico de Macau, de 1993 a 1997.
A vida em Macau proporcionou-lhe o contacto com a cultura chinesa que tentou conhecer nas suas várias vertentes, incluindo a histórica, que muito o admirou e cativou. O impacto foi tão evidente que se refletiu, não apenas na sua pintura, mas também no alargamento das suas questões, das suas buscas e, naturalmente, nos temas das suas conversas e escritos. Nuno Barreto não teve apenas um profundo respeito por esse encontro, mas fez o esforço de compreender e abarcar essa longa e complexa civilização que retratou na sua obra artística.
A exposição “Beber da Água do Lilau” conta com um catálogo bilingue e está patente até 26 de junho.
Inauguração | 10 março | 18.30
Horário: Terça a Quinta-feira | 10.00-18.00
Sexta-feira | 10.00-20.00, com entrada gratuita a partir das 18.00
Sábado e Domingo | 10.00-18.00
Preço: 6 €