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15/03/2020 a 31/05/2020

4 Percursos Performativos no Património do concelho da Lagoa

Lagoa - Lagoa
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O Município de Lagoa promove um conjunto de percursos pedestres que visam interagir com elementos representativos do seu território. Cada trajeto é temático e suporta-se numa narrativa histórica que procura reforçar os laços de afetividade com o património material e imaterial, a história e as tradições. Partindo da geografia do território concelhio e das suas paisagens urbanas, através do teatro e da música exploram-se quatro lugares.

As performances tratam, entre outros aspetos, de acontecimentos e pessoas preponderantes no desenrolar da vida do concelho de Lagoa. Autênticas viagens no tempo, os percursos dão a conhecer a génese das coisas, contando como e que Lagoa evoluiu ao longo dos últimos dois séculos e meio e que lagoenses contribuíram para a construção do que ainda é visível no traçado das ruelas, nas casas particulares ou nos edifícios públicos. Neste périplo, procura-se sensibilizar para a salvaguarda do património cultural e da identidade local.

1º Percurso: Ferragudo | 15 de março às 16h30 | Acesso gratuito

1520-2020: 500 ANOS DO LUGAR DE FERRAGUDO

Lugar antigo, Ferragudo completa o 5º centenário da sua instituição pela carta de privilégios da Rainha D. Leonor. “1520-2020: 500 anos do lugar de Ferragudo” constitui um períplo pelos cinco séculos de história de um dos aglomerados populacionais do concelho de Lagoa que se mantêm ligados às vivências marítimas e fluviais. Talvez Ferragudo seja a povoação costeira do concelho mais carismática.

Embora a fundação do lugar remonte aos inícios do século XVI, Ferragudo, como outros núcleos piscatórios da linha de costa de Lagoa, podem ter origem num tempo mais recuado, aquando da presença de povos pré-romanos e da expansão do império romano à Península Ibérica, como testemunham as descobertas arqueológicas de conjuntos de cetárias junto ao forte de São João Batista ou as recolhas de artefactos nas praias. Na data redonda que se assinala, a performance levada a cabo procura traçar uma resenha sobre a evolução da povoação até à atualidade, sendo afloradas a história e as estórias dos sítios e monumentos, as figuras mais ilustres e os acontecimentos mais marcantes.

2º Percurso: Estômbar | 29 de março às 17h30 | Acesso gratuito

FIGURAS E FAMÍLIAS ESTOMBARENSES

A história é sempre feita de pessoas. Em Estômbar, esta performance traz à memória figuras e famílias, na sua maioria estombarenses de nascimento, que tiveram contributos determinantes para o progresso da terra. Não apenas os que atuaram em prol da valorização de Estômbar, mas ainda aqueles cujas ações extravasaram os limites da freguesia e estiveram ao serviço de outras sociedades e comunidades que não a sua de origem … no fundo, os cidadãos que ascenderam à condição de distintos filhos de Estômbar.

Do século XI, período em que o Algarve e Estômbar se encontravam sob o domínio islâmico, à época contemporânea, são retratadas, com isenção, algumas destas personalidades locais. As cenas invocam os seus principais feitos, ilustrando também os seus traços de personalidade e os acontecimentos mais marcantes das suas vidas. A obra que legaram, o exemplo que foram e são, a influência que tiveram, o ato decisivo que ousaram praticar estão presentes no quotidiano da vila, mais que não seja na toponímia. São essas artérias e lugares que estabelecem o trajeto da performance.

3º Percurso: Lagoa dia 19 de abril às 18h00 | Acesso gratuito

A CRIAÇÃO DE UM CONCELHO

Em Lagoa, “A criação de um concelho” leva os participantes a lugares e acontecimentos que tomam como ponto de partida a época que antecede a elevação a vila e a sequente criação do concelho no ido ano de 1773, quando do projeto pombalino de restauração do Reino do Algarve, muito afetado pelo terramoto e a carecer de revitalização.

Se as origens da povoação de Lagoa e outras localidades do atual concelho estão na Idade Média, a verdade é que é no último quartel do século XVIII, com a criação do concelho, que Lagoa e o território que fica sob a sua governança assistem a dinâmicas que estão na génese da evolução urbanística, económico-social e política de finais do século XIX e primeira metade do século XX e ajudam a explicar a cidade dos dias de hoje. Das posturas régias e do poder local à participação na vida religiosa, há um conjunto de agentes que tiveram papel preponderante nos primórdios da administração concelhia. Foram eles que foram construindo a cidade e o seu termo, pelo que a sua preponderância é recordada através desta performance.

4º Percurso: Senhora da Rocha dia 31 de maio às 19h00 | Acesso gratuito

SENHORA DA ROCHA: A LENDA E O LUGAR

Senhora da Rocha (Porches) é lugar emblemático e místico que encerra, na ermida sitiada sobre o promontório, uma das mais antigas manifestações de religiosidade em toda a região algarvia, singularidade aludida na performance “Senhora da Rocha: a lenda e o lugar”. A lenda da Senhora da Rocha, cuja imagem apareceu no cimo da falésia, está infimamente ligada aos primórdios da ocupação do lugar, aos tempos pré-históricos em que se erguiam menires, à povoação de Porches-Velho, ali bem próxima e que teve o seu foral, e às praias que, com os seus alvos areais, flanqueiam o promontório onde a ermida e, depois, a fortificação moderna, foram construídas.

Antiga póvoa de gentes do mar, ponto de defesa do território e solo sagrado, a Senhora da Rocha é hoje palco de visitações de turistas e veraneantes, tendo-se tornado num dos mais concorridos lugares da costa de Lagoa. A praia já quase não é refúgio para os pescadores e a fortaleza já não está de pé, mas, esta pérola do património cultural e natural de Lagoa não perdeu todas as suas caraterísticas… a ermida lá está e a ela se ruma uma vez por ano, no primeiro domingo de agosto, para realizar a tradicional procissão de tributo à Virgem.

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publicado 07/02/2020

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