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Ciclo Suggia

Casa do Infante, Porto - Porto
R. da Alfândega 10Casa do Infante, Porto [Mapa]
publicado 05/11/2025

A cidade do Porto celebra uma das suas mais notáveis figuras artísticas com o Ciclo Suggia, uma homenagem à extraordinária violoncelista Guilhermina Suggia, no ano em que se assinalam 140 anos do seu nascimento e 75 anos do seu falecimento. O Ciclo Suggia é uma iniciativa que reafirma a importância de preservar o património artístico e humano de figuras que moldaram a identidade cultural do país. Mais do que uma homenagem, é um reencontro com a força, o talento e o espírito inovador de Guilhermina Suggia, um nome eterno na história da música portuguesa e mundial.

Com direção artística dos violoncelistas Vanessa Pires e Filipe Quaresma, o ciclo realiza-se na Casa do Infante nos dias 15, 22 e 30 de novembro e 7 de dezembro, às 16h, reunindo nomes de referência nacional e internacional do violoncelo: Irene Lima, Jed Barahal, Mats Lidstrom e Bernardo Ferreira, que irão dar voz ao instrumento histórico numa viagem emocional através do tempo e da música.

Nascida no Porto em 1885, Guilhermina Suggia revelou desde cedo um talento excecional, tendo como primeiro mestre o pai, Augusto Suggia. Determinada e visionária, foi a primeira mulher a fazer carreira internacional como violoncelista solista, abrindo caminho para gerações futuras de intérpretes. Em 1903 tornou-se a primeira mulher solista a atuar na histórica Gewandhaus de Leipzig, Alemanha — um feito notável numa época em que o mundo da música era dominado por homens. Entre 1906 e 1913, manteve uma relação artística e pessoal com Pablo Casals, sendo reconhecida entre os maiores violoncelistas do seu tempo. Faleceu a 30 de julho de 1950 no Porto.

Os quatro concertos do Ciclo Suggia serão interpretados com o lendário violoncelo Montagnana Suggia, instrumento que pertenceu à artista e que hoje integra o espólio do Museu do Porto. Este gesto simbólico reforça a ligação entre a memória e o presente da música, num tributo vivo ao legado de uma mulher que desafiou fronteiras e preconceitos.

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