Loures
Loures
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A fertilidade das terras, a abundância das águas e a pureza dos ares do campo moldaram desde cedo a região, que desde sempre cresceu na envolvência da grande Lisboa, tendo sido eleita por nobres e monarcas como local de lazer e fuga às doenças e pestes.
A região conta com vestígios arqueológicos de tempos remotos, como a Estação Paleolítica do Casal do Monte, em Santo António dos Cavaleiros ou a Anta de Casaínhos, em Fanhões.
As muitas quintas presentes na região denotam esta importância agrícola, e também de lazer que predominou durante séculos, como ainda hoje é possível observar no Palácio e Quinta do Correio-Mor do século XVIII e na Quinta do Conventinho (aproveitando as valências de um bonito convento franciscano), onde hoje em dia está instalado o interessante Museu Municipal.
Esta faceta agrícola tem vindo a sofrer transformações desde o século XX, com o crescimento da área urbana de Lisboa, que se alargou até estas paragens, que continuam em franco desenvolvimento urbano e residencial, mas pela região ainda se encontram moinhos, casas de lavoura, lagares e adegas, testemunhos agrícolas da fresca produção saloia.
A igreja Matriz do século XVI merece uma visita, bem como o bonito Cruzeiro manuelino do século XV, ou as pequenas casas rurais do centro histórico, que convivem hoje em dia com tradicionais lojas de comércio e serviços.
Loures é também conhecida por ser uma terra Republicana, uma vez que a implantação da República precedeu em um dia o resto do País, dando-se no dia 4 de Outubro de 1910, quando os republicanos de Loures proclamaram o estabelecimento do novo regime, no bonito edifício dos Paços do Concelho.
Na gastronomia, Loures é famosa pelo seu pão-de-ló, mas também oferece pratos típicos como o arroz de cabidela, favas e bacalhau à saloia e coelho à caçador, sempre regados com o conceituado vinho de Bucelas, produzido nesta fértil região.
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